15 de março de 2012

CAMPANHA NATURBIO

No dia 15 de Março de 2012, Dia Mundial do Consumidor, O portal Naturlink http://naturlink.sapo.pt , canal ambiental do portal Sapo.pt, o próprio portal Sapo.pt  e a INTERBIO – Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica http://www.interbio.pt , efectuam o lançamento de uma campanha de promoção do consumo dos produtos de Agricultura Biológica produzidos em Portugal -  Campanha NaturBio - através da implementação de uma acção de consumo patrocinado – “Consumo 3.0”.

O Consumo 3.0 é uma nova forma de consumo patrocinado, que se traduz na aquisição pelos consumidores de bens e serviços significativamente mais baratos do que em circunstâncias normais, devido ao co-financiamento da sua compra por via do investimento promocional de marcas e entidades para quem os consumidores em causa são um público-alvo interessante, encarando as lojas/locais de venda e o próprio processo de compra como meios publicitários. Este conceito trata-se efectivamente do alargamento ao grande consumo de uma prática que é padrão nos media e que possibilita, por exemplo, o acesso gratuito dos utilizadores à maioria dos websites e a alguns jornais, e a compra de publicações como revistas e outros jornais a um preço inferior ao seu custo de produção, devido à publicidade que os (co-)financia. A implementação do Consumo 3.0 vai permitir que, pela primeira vez na área do grande consumo, a maior parte do orçamento promocional dos anunciantes reverta directamente a favor dos consumidores, reflectindo-se em menores gastos nas compras das famílias sem perda de eficácia promocional, antes pelo contrário, permitindo que as lojas implementem preços mais baixos dos seus produtos sem custos adicionais para si.

Os produtos biológicos são reconhecidamente mais saudáveis, mais saborosos e ambientalmente mais favoráveis, mas na maioria das situações são mais caros do que os produtos provenientes da agricultura convencional. Com a Campanha NaturBio pretende-se dar visibilidade às múltiplas vantagens dos produtos bio e promover a produção nacional, reduzindo o custo da sua aquisição pelos consumidores através do consumo patrocinado. A primeira acção da Campanha NaturBio decorrerá na semana de 15 a 21 de Março no Supermercado Bio da Miosótis http://www.biomiosotis.com situado na Rua Marquês Sá da Bandeira nº 16, em Lisboa, estando previsto o seu alargamento a diversas lojas Bio situadas em diferentes locais do País a partir do dia 22 de Abril de 2012 (Dia Mundial da Terra). A acção demonstrativa de lançamento da Campanha NaturBio e do conceito de Consumo 3.0 que decorrerá a partir de 15 de Março vai possibilitar a aquisição de produtos biológicos de produção nacional com um desconto de 10% aos primeiros 2500 consumidores que se deslocarem ao Supermercado Bio aderente, graças ao financiamento promocional da Vulcano, http://www.vulcano.pt marca líder em soluções de água quente e solar térmico que, com esta iniciativa, irá promover as suas Gamas Sensor de esquentadores ambientalmente eficientes, disponibilizando informação e ofertas adicionais aos consumidores dos produtos biológicos no próprio acto e local da compra (no momento de pagamento das suas compras). Este processo será controlado e auditado pela Sativa http://www.sativa.pt , uma entidade independente de controlo e certificação de produtos agro-alimentares.

Deste modo, a Campanha NaturBio promoverá a agricultura biológica e a produção nacional graças ao novo conceito de Consumo 3.0, favorecendo simultaneamente os consumidores, os anunciantes, os comerciantes e os produtores, num particular processo de benefício mútuo. Com efeito, o Consumo 3.0 permite internalizar o investimento promocional no processo de consumo, reduzindo o seu custo para as famílias sem reduzir a visibilidade conseguida pelos anunciantes, permitindo combinar eficácia publicitária com responsabilidade social.

Os interessados poderão aceder a informação adicional sobre a Campanha NaturBio e sobre o conceito de Consumo 3.0 em http://naturlink.sapo.pt

Contactos da Campanha NaturBio:
Rui Borralho – Naturlink
217991100

INTERBIO contra a utilização de alimentos convencionais em ruminantes em Modo de Produção Biológico

Face à intenção do Ministério da Agricultura (MAMAOT) em autorizar alimentação convencional nos ruminantes em MPB, a INTERBIO, Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica, considera que:
1- Apesar da grave situação de seca que se reflete negativamente nas pastagens de sequeiro, existe disponibilidade de alimentos MPB no mercado (nacional e/ou europeu), quer em quantidade, quer em qualidade.
2- Os produtores de ruminantes em MPB que fornecem o mercado com carne (e lacticínios) que é comercializada como "biológica" junto do consumidor final estão a conseguir alimentar os seus efectivos com o recurso exclusivamente a alimentação 100% proveniente do MPB.
3- Estes produtores, apesar da situação de seca, pretendem continuar a alimentar os seus animais recorrendo exclusivamente a alimentos provenientes de MPB.
4- Os pontos de venda de carne e lacticínios MPB (grandes superfícies, supermercados biológicos, lojas de produtos biológicos, talhos) estão absolutamente contra a comercialização de carne e lacticínios MPB proveniente de ruminantes alimentados com alimentação convencional.
5- A autorização de utilização de alimentos convencionais na alimentação de ruminantes em MPB põe em causa a concorrência leal com os produtores que não deixarão de cumprir as normas do MPB.
6- Os alimentos compostos para animais possuem, na sua larga maioria, matérias primas geneticamente modificadas o que, para além de contrariar o Regulamento Europeu, vai contra os desejos dos consumidores de produtos biológicos
7- O mercado dos produtos em MPB é baseado na confiança que os consumidores depositam neste modo de produção, sendo que uma alteração às regras afectará de forma gravíssima essa confiança causando um elevado prejuízo neste mercado.
Face ao exposto a INTERBIO está contra a utilização de alimentos convencionais na alimentação de ruminantes, em qualquer período e em qualquer região do país, por animais que se destinam ao mercado biológico (carne e lácteos), por considerar não existirem objectivamente razões para justificar este pedido de derrogação e por considerar que tal decisão terá um impacto extremamente negativo junto dos consumidores e consequentemente no mercado dos produtos biológicos.

Devido à situação de grave seca, a INTERBIO apela ao MAMAOT para que sejam concedidos aos produtores apoios que ajudem a adquirir os alimentos em MPB que necessitarem. Nos casos em que os produtores não pretenderem recorrer a alimentação MPB, ou nos casos de necessidade extrema, propõe a INTERBIO que a autorização seja concedida mas que para estes animais seja suspensa a certificação e que excepcionalmente sejam mantidas os apoios que estes produtores auferem estando no MPB. Logo que restabelecido este modo de produção estes animais deverão cumprir um período de conversão igual a duas vezes o período de fornecimento destes alimentos até ao mínimo estipulado pelo Regulamento.
A INTERBIO apela ao MAMAOT para que não seja possível chegarem ao mercado produtos biológicos que não tenham respeitado todas as regras deste modo de produção em nome da concorrência leal e do respeito pelo consumidor.


A DIRECÇÃO da INTERBIO

CONTACTOS

INTERBIO – ASSOCIAÇÃO INTERPROFISSIONAL PARA A AGRICULTURA BIOLÓGICA



Edifício INOVISA, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal

Tel. 916576365 * E-mail: interbio.bio@gmail.com